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terça-feira, 5 de novembro de 2013

O Pássaro da Felicidade



Existe um pássaro da felicidade, que surgiu (por acaso) a partir de uma peça que Maurice Maeterlinck escreveu em 1908 também para nós, admiradores: "O Pássaro Azul". Segundo se diz, no momento em que o pássaro tilinta suas asas, a pessoa diz: "Me escolha!" E o pássaro voa pelo céu estrelado atendendo o pedido, sabendo que, nas palavras do poeta Nikolai Dobronravov, "amanhã será melhor do que ontem". Ou seja, para que o amanhã seja melhor, nosso pedido esperançoso é feito para o pássaro - com muita fé, pois o coração confiável vai manter o amor vivo. Até os nossos amigos moscovitas, os irmãos Ivanka Lyrya e Lev Misha Tylunovich - nascidos em 1978 e 1981 respectivamente e já adultos - e também seguem os mesmos passos; e você pode ser um dos protegidos confiáveis deste pássaro. O pássaro da felicidade e do amanhã. 

Moscou, Rússia (antiga República Federativa Socialista Soviética da Rússia, 2 de agosto de 1978

Eram dez da noite quando Ekaterina Tylunovich colocava sua pequena Ivanka Lyrya para dormir. Ekaterina pegava o livro Ivan Tsarevich, o Pássaro de Ouro e o Lobo Cinzento na estante de seu quarto, abriu o livro e contou uma história assim:
"…Ivan Tsarevich andava em cima de um lobo, um lobo cinzento e peludo - os olhos azuis deixavam-se passear pelos bosques, observava-se o lago encaudado. Eles levavam muito tempo para andarem um pouco - de repente Ivan Tsarevich notou que ela se transformou, e que foi transformada - em um Pássaro-de-fogo…"
Mal ela terminou de contar a história para sua Lyrya, havia uma luz brilhando nas duas páginas centrais de um mesmo livro onde ficava a ilustração de um pássaro. Enquanto Mstislav, marido de Ekaterina e irmão de Vladimir e Anna Marsha, ao entrar no quarto da menina, via uma luz brilhando no livro de histórias, o pássaro azulado, feérico e luminoso saía do livro e, ganhando vida, começou a voar sobre a casa enquanto Lyrya e seus pais Mstislav e Ekaterina, sorridentes, maravilhados e surpresos, viam o pássaro voando. Daí o pássaro começou a voar sobre Moscou, havia uma luz prateada emanando das asas do pássaro e uma luz similar a uma vórtice no céu, e a música "O Pássaro da Felicidade" começa. Durante a execução da música e a sequência, o pássaro, a medida que ele voa com mais rapidez, atravessa toda a Federação Russa e CEI. O pássaro, da cor azul, de asas abertas e brilhando, sai da vórtice luminosa e agora vai sobrevoando a capital de Moscou, finalmente subindo e pairando no alto, depois chegando às nuvens do céu estrelado. 

Moscou, Rússia, maio de 2012

Durante os ensaios do concerto agendado para sábado, Ivanka Lyrya, já com 34 anos, e seu irmão Lev Misha, de 31 anos de idade estavam ensaiando sua música quando de repente receberam de Yuri Ligachyov duas notícias, a boa e a ruim: a ruim é que o pai de Lyrya e Lev Misha, Mstislav, está acamado e resfriado e não pode se apresentar no estádio Luzhniki com os dois filhos. Mas a boa notícia é que a única coisa que eles farão é encontrar o pássaro da felicidade aonde eles forem: não somente para salvar a vida de Mstislav, mas também para salvar toda a família de Lyrya e Lev Misha. Os dois são decididos e voltam para a mansão na região de Moscou. 
Mais tarde naquela noite, Ivanka Lyrya e Lev Misha conversam com sua mãe Ekaterina sobre o pássaro. Ekaterina explica-lhes que foi o mesmo aviso do cunhado dela, Vladimir Tylunovich, que ligou de Kiev dizendo que Lyrya e Lev Misha cantam muito bem. (Vladimir e seus sobrinhos Lyrya e Lev Misha não se viam havia doze anos desde que ele se mudou para a Ucrânia para cuidar da saúde de seu pai Dmitry, falecido em 2006.) Ekaterina relembra que Ivan Tsarevich, que tinham visto o Pássaro de Fogo ("Fênix" para os gregos, "Fushichō" ou "Pássaro Imortal" para os sino-japoneses), foi assassinado pelo pai Ivan o Terrível em 1581 quando tinha 27 anos (Ekaterina havia contado a Lyrya a história de Ivan Tsarevich, o Pássaro de Ouro e o Lobo Cinzento daquele ano de 1978 em diante). Diz ainda que o pássaro da felicidade é o pássaro azul que sempre traz muita felicidade para todas as gerações, conforme dizem por aí, porque justamente trata-se de um símbolo da felicidade, promessa e esperança de um futuro melhor para todos os cinco continentes do mundo todo. Ekaterina pede a seus filhos Ivanka Lyrya e Lev Misha para irem amanhã de manhã a Kiev, capital da Ucrânia, onde os dois farão uma estada de três dias, e onde eles vão buscar tanto o pássaro da felicidade como o tio Vladimir e a família dele e trazê-los para a Rússia. Ekaterina diz a Lyrya e Lev Misha:
- "Quando vocês acharem o pássaro da felicidade, o conto de fadas se tornará realidade, e tudo de maneira positiva."
Eles concordam e Lyrya diz: "Faremos o possível."
Mais tarde em seu quarto, Lyrya conta a Lev Misha um lance de como dar asas á felicidade e sucesso através do exemplo de um pássaro (que Aleksei a tinha ensinado): 
- "Você pensa em coisa boa… aí você abre seus braços e levanta sua cabeça. Imagine você voando no céu, subindo lá em cima e alcançando as estrelas. É o mesmo que alcançar os objetivos e fazer tudo de bom dar certo."
Lyrya então se deduz que, através de uma nuvem de problemas, está o sorriso esplêndido do amanhecer e a luz de seu lugar mais alto e conclui que "em nome da fé e dos sonhos, estamos orgulhosos em alcançar o céu". Mesmo preocupados com a saúde de Mstislav, Lyrya e Lev Misha nem imaginam o que está para acontecer. 


De Moscou a Kiev

No dia seguinte, Ivanka Lyrya e Lev Misha recebem seu tio Vladimir, pouco antes de embarcar a Kiev, Ucrânia. Vladimir é um homem esperançoso, carinhoso e gentil, que, assim como sua cunhada Ekaterina, também tem uma forte conexão com esse pássaro da felicidade. Lyrya pergunta ao tio Vladmir:
- "E a nossa mãe que você conhece, sua cunhada Ekaterina: o senhor gostaria de conhecê-la de novo?"
E Vladimir responde:
- "A pergunta é: a mãe de vocês gostaria de ME reencontrar?"
Ao chegar ao aeroporto internacional de Sheremetyevo, Lyrya, Lev Misha e Vladimir recebem a tia Elena Galina e a prima Anastasia, que com Vladimir se tornam seus companheiros de viagem e, mais tarde, membros da família Tylunovich (de novo). Assim, os Tylunovich partem para Kiev, onde os Tylunovich passam três dias - e onde vão achar o pássaro da felicidade antes de voltarem para Moscou. 

Kiev, Ucrânia

Poucas horas de viagem aérea depois, Lyrya, Lev Misha, tio Vladimir e a família dele, a bordo do ônibus turístico, deixam o aeroporto internacional de Kiev e vão até a capital ucraniana. É o fim da viagem quando os Tylunovich, depois de sair do ônibus, chegam na casa do tio Vladimir. Ao chegar lá, os Tylunovich veem a casa de Vladimir, alegre, cercada de jardim florido e decorado, portas e janelas abertas, vaso de flores decoradas no peitoril das janelas e um pássaro azul de enfeite na janela, e entrando lá, eles veem a decoração da casa toda, cuja arquitetura lembra os momentos mais românticos das épocas vitoriana, modernista e contemporânea. Era o último lar do avô Dmitry antes dele morrer, em 2006. Lyrya e Lev Misha perguntam a Vladimir se ele também tinha visto o pássaro da felicidade. Vladimir diz que sim e ele se lembra de ter visto esse tal pássaro em 1978, quando ele voltava para casa deles ao notar que havia uma luz no meio do nada. Ele se lembra também que, ao chegar em casa, Vladimir viu uma luz, e descobriu que, além daquela luz, estava o pássaro da felicidade que acabara de sair magicamente do livro que Ekaterina lia, e ficou surpreso com aquilo, e desde então a vida dele não mais foi o mesmo desde que ele viu o pássaro da felicidade pela primeira vez. A segunda vez foi durante os Jogos Olímpicos de Moscou em 1980. Lyrya pergunta onde está o pássaro, e a resposta de Vladimir é: "No lado oeste de Kiev." Segundo Vladimir, o lado oeste de Kiev tem muita floresta, lago, flores do campo, campinas verdes, jardins nupciais e feéricos, um velho bordo e tudo que a Mãe Natureza nos reserva e onde eles vão encontrar o pássaro da felicidade, e fica bem pertinho da cidade. 
No dia seguinte, os irmãos Lyrya e Lev Misha e seu tio Vladimir compram o mapa da região de Kiev na banca de jornais para localizar um lugar onde o pássaro da felicidade está, fazem compras no shopping no centro da capital e até passeiam por pontos turísticos até o fim da tarde, quando eles voltam para casa do tio Vladimir para um delicioso jantar em família. 

No lado oeste de Kiev

Nos dois dias seguintes, os Tylunovich saem de casa aproveitando o clima primaveril de maio (a temperatura é de 25 graus) e a brisa perfumada para um passeio de carro até o lado oeste de Kiev, onde o pássaro está. Chegando lá, os Tylunovich descobrem uma paisagem extremamente ecológica, paradisíaca, nupcial e feérica, cheia de florestas, campinas, rios, lagos, flores do jardim e muito verde, justamente como vemos, e a busca do pássaro da felicidade tem início. Segundo Lyrya, é exatamente o lugar que sua mãe mencionou ("Onde tem um lugar paradisíaco, tem o pássaro da felicidade."), e é o mesmo lugar onde os pais e os tios de Lyrya e Lev Misha passaram uma lua-de-mel em 1976 e 1977 respectivamente e onde os Tylunovich costumavam passar as férias de verão em 1970, 1987 e - antes de Dmitry morrer - 2004. Apesar do cansaço e do telefonema de Ekaterina dizendo que Mstislav deve receber alta, os Tylunovich, depois de chegar ao lado oeste de Kiev, caminham pelo jardim, pela floresta e pelas campinas deste lugar e, poucos minutos mais tarde, enquanto eles prosseguem numa caminhada curta, os Tylunovich nem imaginam o que está para acontecer de maneira positiva. Depois do piquenique no jardim, os Tylunovich, de tanto andar pela trilha ecológica da Ucrânia, chegam ao lago de águas cristalinas, flores, muito verde, cercado de jardim de sonho e de luz diurna, nupcial e feérico, e uma quantidade de pássaros azuis que sobrevoa este lugar mais paradisíaco de todos. Lyrya, Lev Misha e o resto dos Tylunovich, surpreendidos, ficam maravilhados com o que chamamos de "jardim do Éden". Então Lyrya e Lev Misha entram no jardim maravilhoso com a família e, às margens do rio, Vladimir dá teorias aos seus sobrinhos Lyrya e Lev Misha de como pegar o pássaro da felicidade antes deles colocarem o plano em prática. Lyrya e Lev Misha, com a gaiola e a arapuca, finalmente conseguem pegar do galho o pássaro e, com sua arapuca, Lyrya, depois de pegar o pássaro, o coloca com segurança na gaiola, fechada por Lev Misha (até a volta para Moscou) e o plano é realizado com sucesso. Foi quando Lyrya disse: "Me escolha!" Eles mal podiam conter a alegria: conseguiram o pássaro da felicidade! Haviam adquirido esse pássaro na hora certa e no lugar exato!
De volta a casa do tio Vladimir, logo no fim da tarde, Lyrya e Lev Misha ganham presentes: um colar de ágata, granada, quartzo verde e pedra estrela - intercalados um com o outro - com um pingente de safira azul cercado de prata 950 e o resto dos diamantes svarovski em forma de pássaro (daí o nome "Passaro da Felicidade e do Futuro"), e um broche prateado do mesmo pássaro. A emoção foi tão grande que os Tylunovich ficam felizes. Logo depois, Lyrya e Lev Misha vão para a sala de estar ver de perto o pássaro da felicidade - que está na gaiola para sua segurança - tão azul quanto todos eles da mesma cor. Pouco tempo depois de arrumar suas malas e de tanto jantar e sobremesa, os irmãos Ivanka Lyrya e Lev Misha convidam os tios Vladimir e Elena Galina e a prima Anastasia para reverem os pais de Lyrya e Lev Misha - Mstislav e Ekaterina - no dia seguinte, assim que retornarem a Moscou com o pássaro da felicidade. Eles aceitam, e no dia seguinte pela manhã, os Tylunovich deixam Kiev, Ucrânia, para voltar a Moscou, Rússia, com a gaiola com um pássaro dentro, certos de que um milagre está prestes a acontecer.

De volta a Moscou

No dia seguinte, os Tylunovich retornam a Moscou depois de poucas horas de viagem. De bagagens e gaiola com o pássaro dentro, eles retornam a capital russa de Moscou, primeiro chegando a rodoviária e depois saindo da rodoviária de táxi. Depois de colocar as bagagens e a gaiola com o pássaro dentro, os Tylunovich andam de táxi rumo a Luzhniki, Moscou, onde Ekaterina, feliz da vida, espera por eles em sua mansão. 
É o fim da viagem de volta. Enquanto os Tylunovich saem do táxi e pegam suas bagagens e a gaiola com o pássaro dentro, Ekaterina recebe seus filhos Ivanka Lyrya e Lev Misha, seu cunhado Vladimir, sua concunhada Elena Galina e sua sobrinha Anastasia de braços abertos. É a primeira vez depois de doze anos que uma reunião em família acontece de um jeito carinhoso e positivo. Eles mostram o pássaro da felicidade e Ekaterina fica ainda mais feliz. 
Depois de desmanchar as malas e guardar tudo nos seus devidos lugares, Lyrya, Lev Misha e sua mãe Ekaterina mostram o pássaro da felicidade ao pai Mstislav, de cama, mas já saudável, Mstislav vê o pássaro da felicidade e aos poucos se recompõe enquanto o pássaro canta e a saúde do próprio Mstislav vai melhorando. Mstislav consegue se levantar se levantar da cama e ele começa a andar, correr e tudo mais, como se um milagre ocorresse. O que ninguém tinha noção era que Mstislav reencontraria seu irmão Vladimir depois de todos esses 12 anos, conforme Lyrya, Lev Misha e mama Ekaterina tinham prometido. 

Uma festa que terminou em confusão

Mais tarde naquela noite, os Tylunovich, reunidos, são fotografados por Yuri Ligachyov, usando uma máquina fotográfica digital. Pouco depois, para fazer a festa, Vladimir volta a cantar em pleno karaokê e é aplaudido. Depois, os Tylunovich se divertem dançando a troika durante menos de uma hora e barynya a noite toda. Mal tinham terminado a festa de reunião em família, o marginal Igor' Putin sequestrou Anastasia três horas depois do ocorrido e os Tylunovich ficam desesperados e vão atrás do bandido Igor', descoberto imediatamente por eles. Os Tylunovich se dão conta que Igor' foi quem sequestrou Anastasia e o desespero aumenta cada vez mais. Igor' se lembra de ter visto Ekaterina lendo um conto para Lyrya e Lev Misha pela janela 33 anos antes (Ekaterina o tinha lido muitas vezes ao longo dos anos) e ordena que os três - Lyrya, Lev Misha e mama Ekaterina - uma canção de ninar. Lyrya, em lágrima, interrompe a canção por alguns instantes e Igor' tenta atirar em cada um deles com o revólver Calibre 38, mas Lyrya e o resto de sua família voltam a cantar o resto da música e Igor' começa a sofrer as consequências ao ouvir os três cantarem uma doce canção enquanto Vladimir se concentra. No clímax desta canção, Lyrya e Lev Misha, sua mãe Ekaterina e seu tio Vladimir se concentram e resumem a história de Ivan Tsarevich, o Pássaro-de-fogo e o Lobo Cinzento - visualizando um bosque em plena paisagem russa - à medida em que a concentração chega a tal ponto que um milagre acontece em seguida. Ocorre uma breve encantação de cenário, onde as ruas de Moscou são convertidas em trilhas florestais próximas ao lago - irreais, inefáveis e feéricas - a medida em que os Tylunovich contam essa mesma história, que não interrompeu a mágica, que prossegue em seu curso: a um canto, o lago solta raio de luzes prateadas, convertendo-se em cascata luminosa que se aproxima dos pés de Ivanka Lyrya; noutro ângulo, começa a cantar em tom de whistle register mais agudo e, transformando as águas do lago em fonte luminosa, funde-se as águas do lago com luzes das estrelas, brilhantes, se convertendo em chuva de estrelas salpicantes caindo sobre os Tylunovich e um lugar feérico, que, ao terminar a visualização, se desfaz aos poucos e é convertido de volta nas ruas de Moscou, enquanto uma cascata luminosa e transparente sobe dos pés ao pingente do colar de Lyrya. Pouco depois, ao dizer "Zhar-ptitsa", há uma luz azul-prateada brilhando no pingente do colar que Lyrya usa sempre - é um bom sinal de um milagre - e o pássaro da felicidade é invocado imediatamente, sobrevoando Moscou em pleno céu estrelado em seguida e pairando no ar. Os Tylunovich e Yuri (e também Vladimir) olham para o pássaro, exceto Igor', que é pego e cego pela luz de um pássaro. Lyrya e Lev Misha imediatamente conseguem salvar sua prima Anastasia e dar um murro em Igor' (Yuri faz o mesmo com o celular e o atira em Igor' também) - depois que Yuri ligou para a polícia antes que a bateria do celular se esgotasse. Como resultado, Igor' vai preso pela polícia de Moscou e os Tylunovich de novo triunfam de alegria. Os Tylunovich voltam para casa, calmos e animados.
De volta à sua mansão, enquanto Anastasia é salva, Vladimir conversa com Georgei pelo iPhone sobre o milagre ocorrido naquele momento, Ekaterina, ao notar que o milagre tinha realizado, agradece à sua família. Apesar dos danos, Lyrya e Lev Misha pedem desculpas a sua mãe Ekaterina pela facção e Lev Misha diz que seu pai Mstislav viu esse pássaro duas vezes. Diz ainda que Anastasia foi salva pelo pássaro (Ekaterina diz o mesmo) e eles chegam a conclusão que foi o pássaro da felicidade que também tinha salvado Lyrya e Lev Misha. Vladimir, de lágrimas nos olhos e sabendo que iria a Kiev no dia seguinte para se despedir da casa em Kiev antes de seu retorno a Moscou, abraça Lyrya e Lev Misha e promete jamais abandoná-los, pois ele é parte dos Tylunovich e precisa de muito carinho o bastante. 

Uma promessa esperançosa

No dia seguinte, no aeroporto internacional de Sheremetyevo em Moscou, os Tylunovich e seu amigo Yuri se despedem de Vladimir, Elena Galina e Anastasia, mas ocorre a emoção: os irmãos Lyrya e Lev Misha, em lágrima, choram, e também o tio Vladimir, que entretanto os conforta com amor e carinho. Vladimir, Elena Galina e Anastasia, após se despedirem do resto dos Tylunovich, deixam Moscou para Kiev, sabendo que, poucos meses depois, ele retornaria a Moscou depois que vender a casa em Kiev e ganhar dinheiro da venda da mesma na capital ucraniana, contanto que deixe o lado oeste de Kiev mantido do jeito como está.
Pouco depois, em casa, Ekaterina, a pedido de seu marido Mstislav, dá a Lyrya e Lev Misha um DVD do filme "O Pássaro Azul" e um ursinho de pelúcia de bolso, Misha, ambos anexados ao bilhete que Vladimir escreveu para os Tylunovich, que têm como símbolo da felicidade, promessa e esperança o pássaro da felicidade (Vladimir escreveu o bilhete na noite anterior a partida para Kiev). O bilhete diz:

Meus queridos sobrinhos, irmão e cunhada,

Vocês são minha felicidade, promessa e esperança. Eu sei que vocês adoram cantar assim como eu. Foi bom curtir vocês e seus pais - mano Mstislav e cunhada Katyushka - e olha que fui eu que ajudei vocês dois a encontrar o pássaro da felicidade - que está e sempre estará com vocês e conosco aonde estiverem. Por incrível que pareça, este pássaro nos traz felicidade e muita esperança e espero que desfrutem também. Quanto a vocês, Lyrya e Lev Misha, vocês se casarão e terão filhos - porque vocês dois passaram de seus trinta anos devido a maturidade - desde que você, Lyrya, mantenha seu nome de solteira, "Tylunovich", junto com o nome de casado também, assim terão muita felicidade para as futuras gerações - sempre com o mesmo pássaro. Se precisarem de mim, me liguem ou conversem comigo pelo Skype ou me mandem um e-mail. Mais: eis os dois presentes que eu lhes trouxe de Kiev assim que vocês me conduziram de volta; espero que gostem. Prometo do fundo do meu coração que, se Deus quiser, estarei com vocês de volta. Tenho certeza que, conforme diz o poeta, "há uma esperança no meu coração".
Lyrya, Lev Misha, Mstislav, Ekaterina, boa sorte em seus compromissos. E sejam felizes.

Eu amo todos vocês.
Vladimir

Lyrya e Lev Misha gostaram da carta e Ekaterina distribui suvenirs para os dois filhos dela, na esperança do tio Vladimir voltar para casa em Moscou, onde Lyrya, Lev Misha e sua família estão. 
Enquanto isso, em sua residência em Kiev, Ucrânia, Vladimir, sabendo que ele vai voltar a Moscou em justamente nove meses - e se preparando para assistir esse evento prla HDTV, consegue se lembrar dos momentos felizes com Lyrya e Lev Misha, esperando que o próprio Vladimir volte logo. De repente, as figuras angélicas dos dons da felicidade, amor, promessa e esperança surgem perante Vladimir, que enquanto arruma tudo é ajudado pelos dons, dispostos a ajudá-lo. Em pleno passe de mágica, pouco depois de arrumar tudo, os quatro dons se juntam e se fundem, transformando-se em chuva de pétalas luminosas de rosas que caem sobre Vladimir, que logo lida a TV Full HD tipo LED e chama Elena Galina e Anastasia para assistir o evento. Mal sabia que a relação entre Vladimir e os Tylunovich estava apenas para recomeçar. 

De Luzhniki ao complexo da Terra do Futuro 

No estádio Luzhniki, depois de vários preparativos e tantas performances, Ivanka Lyrya e Lev Misha, mais de duas horas de várias canções depois - e aplaudidos pela plateia do estádio Luzhniki - recebem de repente a inesperada visita de uma figura meio humana, meio angélica (e similar ao tio Vladimir com 27 anos naquela época): é Ivan Tsarevich, um espírito vivo do mesmo que morreu em 1581, 432 anos (quase cinco séculos) antes - recém-chegado do Território da Memória, mas visitante da Terra do Futuro. Num passe de mágica, Lyrya e Lev Misha, de mãos dadas, são de repente conduzidos e teletransportados por Ivan ao complexo da Terra do Futuro - situado no topo dos montes em plena campina da paisagem russa em São Petersburgo - , onde é tudo azul irreal, intenso e feérico e onde esperam as crianças inatas e que vão nascer. Entre colunas, estão grandes portas opalinas, cujas folhas serão fechadas pelo Tempo, e que se abrem sobre a Vida Atual e o cais da Aurora. Lá, Ivan, acompanhado pelas figuras angélicas luminosas - as luzes branca, azul, prateada e dourada - dá conselhos aos irmãos Lyrya e Lev Misha (os dois se veem na Terra do Futuro) sobre a felicidade, promessas, esperanças e tudo de bom que Deus nos dá - e também para as gerações futuras. Ivan lhes conta que ele foi o primeiro a ter um pássaro "Zhar-ptitsa" há mais de cinco séculos. Diz ainda que, em 1781, 200 anos depois de sua morte, Yuliana Tyl e a fada Bérylune descobriram seu legado: um pássaro que traz muita felicidade, então ele pediu à Bérylune que esse pássaro nascesse azul e que trouxesse felicidade, promessas e esperanças de um futuro melhor e quando o pássaro azul da felicidade nasceu, a promessa foi cumprida. Ivan conta ainda que em 1812, depois que Mytyl encontrou o pássaro que voou à Ucrânia, a fada Bérylune trouxe de pronto o pássaro e em 1825 Mytyl se casou com Lev Chekhov e, nove meses depois, nasceu Vissarion Tylunovich, o primeiro patriarca moscovita que, a partir daí, passou a admirar o pássaro da felicidade - e o mesmo também ocorreu com suas futuras gerações até hoje. Ivan faz questão do pássaro da felicidade fazer das pessoas alguém muito feliz, amado e esperançoso. Ivan chega a conclusão que a esperança é a bússola terrestre e que os Tylunovich são muito amáveis, não importa qual é ou não o ponto de vista de cada um. Lyrya e Lev Misha são levados e teletransportados de volta a Moscou - e no mesmo estádio Luzhniki - por Ivan, que diz à mama Ekaterina que foi inspirado através de um livro. Ivan chega a conclusão que o amor é a coisa mais importante para todos nós. Ivan, subindo até a altura, despede-se para sempre e parte rumo aos céus. 
A promessa foi cumprida. Três semanas depois do ocorrido, Ivanka Lyrya se casa com Pyotr Glazunov e Lev Misha com Nadya Manilova na mesma cerimônia de casamento ao ar livre em São Petersburgo. Estes são recém-casados: Ivanka Lyrya Tylunovich-Glazunova agora é o nome dela - conforme a mãe e o tio previram! Lev Misha agora é marido de Nadya. É a primeira vez desde os tempos de seu avô Dmitry que dois casais se casam na mesma boda bucólica ao ar livre - a primogênita com seu marido e o caçula com sua mulher - em plena São Petersburgo, onde a paisagem é tão linda de se ver. 

Vladimir volta para casa: há uma esperança! 

Nove meses depois, na mansão dos Tylunovich em Moscou - em meio ao frio do inverno e a neve que cai às vésperas do Natal ortodoxo (que ocorre na Rússia no dia 7 de janeiro) - os Tylunovich, enquanto esperam Vladimir voltar com o resto de sua família, apresentam os filhos Manya (filha de Lyrya e de Pyotr) e os gêmeos Ivan e Valerya Beryoza (filhos de Lev Misha e de Nadya), todos nascidos em dezembro de 2012. Eles fazem os preparativos para a festa de réveillon em família quando de repente ouve-se a buzina da van tocar: é o tio Vladimir com Elena Galina, a filha Anastasia, o genro Stanislav e o neto Karl Kosminsky, que acabam de voltar! Mal eles terminaram os preparativos, o tio Vladimir entrou em casa com o resto da família e eles os receberam de braços abertos. (Ainda bem que a família aumentou!) Logo depois, Lyrya e Lev Misha falam com o tio Vladimir sobre como ele tinha mudado para Kiev em 2000 devido a saúde debilitada de Dmitry e por que motivo voltou pra Moscou duas vezes. Vladimir diz a Lyrya e Lev Misha que tinha uma casa em Kiev (Ucrânia), onde ele passou doze anos por lá. Mas doze anos depois do que ocorreu, quando a casa dele em Kiev foi vendida recentemente, ele e o resto da família tinha que se mudar para Moscou, sabendo que a esperança deles era mesmo voltar a morar com eles. E eles se abraçam. Lev Misha chega a conclusão (e também Vladimir) que eles recebem a presença do pássaro da felicidade, como um legado deixado por seu falecido avô Dmitry - mesmo depois da morte desse. 
Pouco depois, os Tylunovich são os entrevistados do programa de televisão russa em pleno talk-show e menos de uma hora e meia e um jantar depois, os irmãos Ivanka Lyrya e Lev Misha e toda sua família, depois de retornar das gravações de um programa de talk-show televisivo, passeiam pelas margens do Rio Moscou em plena noite fria para comemorar o sucesso dos irmãos e a realização de um sonho: obter o pássaro da felicidade que eles sonharam em ter. E cabe ao tio Vladimir aproveitar uma excelente oportunidade de fazer um pedido ao pássaro: voltar a viver em Moscou - sua terra natal - com seus sobrinhos e sua família, mesmo depois de 12 anos depois de tanta permanência em Kiev - e também ser uma pessoa feliz. A família toda observa a Basílica de São Vasiliy, a Casa Internacional da Música de Moscou, o Arco Triunfal da Avenida Kutuzov, a Torre Ostankino - tudo visto das margens do Rio Moscou. Segundo Ekaterina, a Torre Ostankino representa a esperança de um futuro melhor e um lugar onde o pássaro da felicidade também estará presente, sobrevoando o lugar e espalhando alegria, muito amor, gentileza e muito sucesso. Daí Vladimir se vira para Lyrya e Lev Misha; eles convocam o pássaro da felicidade aos poucos perante a estátua de Ivan Tsarevich e Vladimir diz para o pássaro: "Me escolha!" Enquanto Lyrya, Lev Misha e o tio Vladimir - e o resto da família Tylunovich - veem o pássaro da felicidade no céu sobrevoando a capital russa de Moscou, finalmente chegando a Torre Ostankino, eles ficam fascinados com a vista panorâmica da torre com o pássaro em cima, prestes a atender o pedido. Vladimir se acalma e os Tylunovich voltam para casa. 

Epilogo: uma boa fábula brinca com minha alma

No dia seguinte, na mansão dos Tylunovich, a família toda conversam com Lyrya, Lev Misha e o tio Vladimir sobre o que rolou milagrosamente na noite anterior. (Vladimir diz: "Moscou é linda e maior que Roma!") Mal Vladimir convida a família toda para passear de barco pelo Rio Moscou e por Sokolniki, um milagre ocorre do lado de fora da mansão de súbito: os flocos de neve que cai magicamente se transformam em pétalas de cerejeiras e flores brancas a medida que o pássaro da felicidade atende o pedido e toda a família Tylunovich vão para o lado de fora para ver essa maravilha. Reanimados, Lyrya, Lev Misha, o tio Vladimir e toda sua família Tylunovich se tornam esperançosos e se divertem, pulando de tanta alegria e muita felicidade. E a chuva de pétalas durou o dia inteiro até o início da noite!
Mais tarde naquela noite, durante o passeio pela avenida da região moscovita de Luzhniki (Moscou), Lyrya e Lev Misha, depois de voltar do estádio Luzhniki (e prestes a voltar para sua mansão), ficam felizes em ter comemorado a volta de seu tio Vladimir. Lyrya diz: "Uma boa fábula brinca com minha alma e estou acendendo as estrelas azuis lá no céu. Vou dormir e ter sonhos mágicos, desde que eu fique de olho na lebre cinza da floresta. Mamãe querida, ao permanecer dominada pelos campos durante a noite, voltarei a ouvir sua doce voz." Lev Misha pergunta o que acontecerá quando o pássaro escolhe a primeira pessoa da família e faz coisas boas acontecerem de um jeito positivo e bem mais fabuloso. Lyrya ainda não tem noção do que vai acontecer, mas fica o mistério no ar. Subitamente, os irmãos Lyrya e Lev Misha veem lá em cima - em pleno céu estrelado de Moscou numa noite primaveril - o pássaro da felicidade sobrevoando a capital russa de Moscou e eles ficam maravilhados com o que se vê. 
Parafraseando o que Maurice Maeterlinck disse: Se você encontrar o pássaro azul, o pássaro da felicidade, tenha por favor a gentileza de trazê-lo aqui. Precisamos desse pássaro para nossa felicidade, mesmo que sejamos grandes." E conforme Nikolai Dobronravov diz: "Me eleja, pássaro da felicidade e do amanhã!" 




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Trívia:

Este livro, O Pássaro da Felicidade, introduz Ivanka Lyrya, Lev Misha, Vladimir, Ekaterina e sua família Tylunovich no universo da cultura russa. Baseado na canção do mesmo nome, Ptitsa Schast'ya - composta pela compositora russa Aleksandra Pakhmutova e seu marido Nikolai Dobronravov em 1980 para o documentário da Mosfil'm, O Sport, ty - mir! do mesmo ano em que as Olimpíadas de Moscou ocorreram, o livro contém premissas inspiradas na peça O Pássaro Azul (L'oiseau bleu, 1908) de Maurice Maeterlinck, na qual inspirou o enredo. Esta é a versão atualizada do mesmo conto. 

Bastavam cerca de um ano de pesquisa (sobre a Rússia e seus costumes e a lenda do pássaro da felicidade), escrita, edição de texto, ilustração e publicação para escrever o livro todo da minha autoria. O Pássaro da Felicidade começa e termina com a música "Dobraya skazka" ("Uma boa fábula") - dos mesmos autores de "Ptitsa Schast'ya" - cantada por Ivanka Lyrya e mama Ekaterina. As frases "Amanhã será melhor do que ontem!" e "A esperança é minha bússola da Terra" são os lemas desta fábula.

Dos lugares criados para várias cenas, destacamos o lado oeste de Kiev (um lugar paradisíaco e feérico na região da Ucrânia) e o complexo da Terra do Futuro (em São Petersburgo, Rússia) - onde Ivan Tsarevich (agora um anjo rodeado pelas luzes azul, branca, dourada e prateada) visita crianças inatas, mas que vão nascer. Por coincidência, é o mesmo Reino do Futuro mencionado na peça O Pássaro Azul, agora reaproveitado neste conto.

Ivanka Lyrya é uma bela moça de família, cujo nome vem de "lyra", que significa "lira" em grego, e a variação é "lyri" em homenagem a um poeta grego, compositor de músicas líricas. Com a junção de "lyri" com "ya", é formado o nome "Lyrya" (lyri+ya), que significa "lírica" em russo (e curiosamente a variante russa do nome Liriel).

Este conto também menciona a história de Ivan Tsarevich, o Pássaro-de-fogo e o Lobo Cinzento, mencionada ao menos três ou quatro vezes em várias sequências, o que lhe serviu de palavra-chave para o pássaro ganhar vida.

A última cena escrita e criada neste livro é aquela de Lyrya e seu irmão Lev Misha vendo o pássaro da felicidade sobrevoar a região moscovita de Luzhniki - exatamente onde eles estão - em pleno céu estrelado de Moscou numa noite primaveril. Ainda durante a edição final do texto antes de completá-lo, o cantor russo Vitas já estava em turnê na China com Noite Agitada e eu tinha que terminar de escrever ás pressas o meu conto inteiro. O livro foi completado e finalizado no dia 9 de novembro de 2009 e lançado em 2010. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Carollove, a Flor da Paz


Existe no jardim angelical, nupcial e feérico - e também no jardim do coração da Momoko e em nossos corações - uma flor branca, similar a uma orquídea-traça, consagrada por Deus e com uma bela aparência. Chama-se Carollove e é uma flor da paz que pode destruir as flores demoníacas com sua luz essencial e que se abre de cinco em cinco anos somente durante três dias. Eu vou lhe contar três histórias de cada três mulheres que têm a Carollove como sua flor predileta - três histórias num mesmo conto, que lhe ajudam a mostrar o que fazer com essa flor.


MOMOKO: DE QUE MODO ELA FEZ DA CAROLLOVE UMA FLOR PACÍFICA

Momoko é uma treinadora de Tai Chi Chuan desde meados dos anos 80. Em 1978, quando Momoko tinha cinco anos de idade e morando numa casa de veraneio, caiu de súbito num buraco que dava acesso a caverna subterrânea (que era subordinada ao Império Subterrâneo Tube, já extinto em 1988, 63º e último ano da era Shōwa - bem antes do início da era Heisei) e ficava perdida quando de repente ouvia-se a voz feminina (vinda de uma flor), dizendo a Momoko para seguir a luz da flor Carollove. E não foi preciso muito tempo para que Momoko seguisse a luz da flor, ela pegou tanto a flor Carollove quanto as sementes da mesma, e voltou para casa feliz. Momoko guardou a Carollove, que estava presente nos momentos de sua vida: ela lhe deu força e coragem o bastante durante esse tempo. 
Momoko, com 19 anos e ainda cuidando da Carollove, se deu conta que sua amiga Haruka foi atacada pela flor demoníaca (e também seus colegas, vítimas da mesma planta). Mal teve que salvar seus amigos, a luz essencial da Carollove iluminou através da flor, gerando uma fonte de luz que destruiu as plantas demoníacas, assim salvando seus colegas. 
O Chefe Sugata teve uma ideia: a essência de Carollove podia ser um antídoto contra essas flores demoníacas, e era preciso extrair essa flor. Mas Momoko, ao saber que sua flor seria destruída, ou ela protegeria essa flor ou morreria tentando. Momoko não teve nenhuma escolha, senão extrair toda a essência oriunda de sua flor. Triste, Momoko pediu a Carollove:
Carollove, por favor, salve muita gente!
(Nem que você não ouça a voz da Carollove que fala, você não consegue sentir a emoção de Momoko falando com a flor tão linda.)
No dia seguinte, Momoko, a bordo do Mask Gyro, espalhou toda a essência de Carollove por toda a parte - para matar as plantas demoníacas e salvar muitas vidas. E ela fez como planejado. 
(Um rápido aparte: em 1975, doze anos antes de Momoko usar a Carollove como um antídoto contra essas plantas terríveis, a Carollove era a flor favorita da Imperatriz, a mãe das gêmeas Igam e Ial. Naquela época, Tube era pacífico, cheio de flores Carollove por toda a parte, até que um dia entretanto, Zeba apareceu e derrubou a Imperatriz. E o que foi pior: quase que destruiu as flores e a responsável pela destruição foi Ial. Parecia que Ial ia salvar duas dessas flores, mas foi Momoko quem a obteve quando ela era uma garotinha.)
Mais tarde naquela noite depois de tanta luta, Momoko olhou para o céu de Tōkyō, estrelado, visualizando a imagem da flor Carollove - e de lágrimas nos olhos. Momoko disse (e prometeu) a si mesma que, mesmo que fosse ela que destruiu a Carollove (a semente da flor Carollove só foi descoberta pela dona da floricultura, Hirome Nakajima, dezoito meses depois), a flor Carollove vai continuar florescendo para sempre em seu coração.


 
KALLISTA ZHANG: UMA FLOR QUE VEIO DO CÉU

Kallista Zhang é uma excelente escritora de apenas 23 anos que mora em Pequim (China) e que é muito ligada aos contos de fadas e elementos fabulosos, feéricos e celestiais. Também adora flores e elementos românticos e temáticos, que parece ter saído dos contos que ela escreve e lê. Certa vez, naquela tarde de primavera de 2006, Kallista descobriu em seu jardim a flor Carollove, que lhe serviria de enfeite milagroso para qualquer ocasião, quando de repente Wao Li, seu amigo de longa data, quase foi morto por uma planta carnívora assassina! Então Kallista notou que a Carollove estava brilhando: é um sinal de que Wao tem que ser salvo a tempo.
Kallista trouxe sua Carollove para onde está Wao Li. De repente a flor Carollove jorrou uma luz essencial que destruiu a planta carnívora assassina, assim salvando Wao. (Mas que milagre!) Wao, já salvo, disse a Kallista: Como foi que essa flor me salvou? E Kallista respondeu: Foi a flor Carollove que te salvou. É a flor da paz que veio do céu pra destruir as plantas carnívoras assassinas e salvar muitas vidas. 


VIVIANE: A FLOR DO PARAÍSO

Assim como Momoko e Kallista Zhang, Viviane, que mora em São Vicente (São Paulo, Brasil), também descobriu essa maravilhosa flor. Foi durante uma visita em Holambra, interior de São Paulo, quando Viviane descobriu um tipo de orquídea-traça toda branca até o núcleo (e ela pagou R$ 25,00 ao floricultor por um meio que orquídea). Feliz e entusiasmada, Viviane levou sua flor branca no caminho de volta - de Holambra até São Vicente, num trajeto rodoviário que levou mais ou menos quatro horas e 45 minutos - e quando ela viu a luz brilhar de sua flor, descobriu que não era uma orquídea qualquer: era a Carollove, uma flor disposta a ajudar Viviane a voltar para casa na Ilha Porchat em São Vicente. Por causa dessa flor, Viviane, animada, chegou a São Vicente depois de uma longa viagem de ônibus a Holambra, pegou sua carollove e voltou para seu apartamento na Ilha Porchat, enfeitou o jardim da sacada de seu apartamento com vista para o mar com sua flor e Viviane notou que seu jardim de inverno foi imediatamente transformado num jardim paradisíaco, com lindas flores (rosas, lírios, hibiscos, etc.) e a carollove. É por isso que essa flor carollove é a "flor do paraíso" pelo fato de Viviane ter ajudado por essa flor pacífica.

Eu também faço da carollove a flor da paz e você também pode cuidar bem dessa flor carollove; ela é a flor simbólica da paz que pode salvar você das dificuldades e te dar coragem o bastante para vencer em todas as áreas da sua vida! 


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Trívia:

A flor Carollove apareceu pela primeira vez no episódio 15 de Esquadrão da Luz Maskman (Hikari Sentai Maskman), "Adeus, Querida Flor!" ("Saraba! Itoshiki Hana yo"), de onde veio essa linda flor simbólica (similar a uma orquídea-traça branca) e na qual este conto é baseado. Nele, Momoko aprecia sua flor carollove.

A flor carollove também está presente em nossos corações. Tanto que via nisso uma inspiração o bastante para este conto. Por isso o conto Carollove, a flor da paz, em que introduz duas novas personagens além de Momoko: a chinesa Kallista Zhang e a nossa brasileira Viviane. No conceito (publicado na minha página de música e literatura Tatianna Raquel Page no Facebook) era eu que dividiria esse mesmo enredo com Momoko, mas mudei de ideia e acrescentei duas novas protagonistas adicionais a dividir esse mesmo enredo com Momoko.

Mais uma metáfora desde A Moça do Além: dessa vez é a flor Carollove, que ilumina e jorra fonte de luz essencial para acabar com quaisquer que sejam as plantas assassinas e os obstáculos desse tipo também.

Também na vida real, a orquídea-traça branca também é chamada carollove. Por coincidência, o episódio de Maskman "Adeus, Querida Flor!" é o meu episódio favorito, pois eu tenho uma orquídea-traça similar à essa flor simbólica e a sequência do mágico desabrochar da carollove marcou tanto a minha vida que eu resolvi dar uma carona nessa inspiração nessa flor pacífica. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Noites da Arábia nos Olhos de Marsinah

Dubai, Emirados Árabes Unidos, os dias atuais. Marsinah, uma bela contadora de histórias, dançarina do ventre e dona de uma beleza mística do Oriente, se prepara para viajar pelos Países Árabes e conhecer um pouco das Mil e Uma Noites que Sherazade (também contadora de histórias) havia contado há muito tempo. Marsinah nos conta durante o passeio a respeito das Noites da Arábia vista nos olhos dela.

Lua de Scimitar

"Ao olhar para a lua de Scimitar, eu penso no meu amado. É como em Kismet: quando um homem e uma mulher se conhecem no jardim, eles se apaixonam, como é o meu caso: eu me lembro que eu estava no meu jardim esperando pelo meu amado e não demorou muito pra que eu fosse conhecê-lo! E eu me apaixonei por ele sob o luar."

A Viagem

"De afar (tapete voador), véu de seda e livro das Mil e Uma Noites na mão, deixei Dubai para um passeio no deserto em plena brisa de Nadq, de onde vem a fragrância de Araar. No caminho, vi palácios de mármore e ouro puro, todos adornados das mais lindas pedras preciosas - é uma joia rara das Arábias! - e vi também um oásis de águas cristalinas onde se pode beber água pra matar a sede. Andei de camelo penas dunas do deserto sob o esplendor dos mil sóis que iluminam o dia e sob a lua árabe que ilumina a noite em busca do meu amado há muito distante daqui."

Encanto no deserto

"Certa noite de lua cheia, fui dar uma parada no oásis e fui dançando a dança do ventre para os habitantes locais, que gostaram do jeito como danço sensualmente. E eles me aplaudiram! Somente quando eles foram embora, eis-me aqui sozinha no mesmo oásis onde estou. Aproveitando a luz da lua cheia, tirei a roupa toda e dancei nua, de um jeito sensual, requebrando meus quadris, numa dança alucinada de erotismo. Em minha volta, o deserto árabe iluminava sob a lua e eu fiquei banhada pela lua, tanto que a luz faiscava cintilante. Eu fui dançando a dança do ventre (e sensualmente) e eu, como num sonho, me explodia num auge de erotismo encantador, mágico, lindo, celestial. De repente emanava de mim um brilho angelical que iluminava o deserto e as águas do lago imenso, presente no oásis. Tanto que no fim fui nadar nua no lago por alguns instantes e depois saí do lago, me vesti e relaxei."

Promessa

"No dia seguinte, fui prosseguindo o passeio pelas Arábias, à procura do meu amado. Passeei pela Turquia, lugares como Marrocos, Egito e Iraque, apreciei os costumes de lá e comprei joias, enfeites, tecidos e roupas finas no bazar árabe e fui viajando por aí. Mas quase me perdi no deserto próximo ao palácio. Então me perguntei:
"Bem, será que eu posso retornar para traçar as sombras das minhas perseguições? Meus passos vão ecoar lá da areia até a pedra. 
Eu nunca deixarei fechar minhas pálpebras em espaços vazios. Meus sonhos vão preencher o vazio com contos desconhecidos. 
Conhecer o infinito poderoso escurece o horizonte distante. A estrada sussurrosa em que tomo jamais se desviará sozinho.
E será que o vento se voltará minha história à sua promessa? Ou será que a minha história vai me perseguir até o fim? "
Naquele momento entretanto, olhei pro alvo e segui em frente."

Fantasia árabe

"No caminho de Araar, senti o milagre acontecer no meio do deserto, em pleno entardecer antes da lua nascer: senti uma brisa perfumada que sopra pelo ar, vi o brilho dourado dos vagalumes dançando no céu dos Países Árabes, uma luz que irradia nos jardins do oásis… Eu nunca vi uma coisa assim! Era o meu amado, esperando por mim no imenso oásis paradisíaco, florido e cercado de um imenso lago a muitos quilômetros de Bagdá! Pra terminar o trajeto, fui lá e encontrei meu amado. E poucos instantes depois, nos amamos e ainda nos apaixonamos." 

Sozinhos

"Naquela noite no oásis, depois de terminar a viagem pelo deserto e encontrar meu amado depois de tanta procura, eu e meu amado compartilhamos amor um ao outro. Foi quando eu disse a mim mesmo:"
"Melodias mudas fluindo da flor de lótus do meu coração terminando onde começamos.
Promessas não-rompidas prometendo uma chama sem fim do amor além do desejo." 


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Trívia:

O conto Noites da Arábia nos Olhos de Marsinah é inspirado diretamente pelas Mil e Uma Noites e contém elementos da cultura popular voltado ás Noites da Arábia como o filme musical Kismet (1955) - de onde vem a canção "Stranger in Paradise" - e o CD de Sarah Brightman, Harem (2003), cujo temático são as Mil e Uma Noites. 

Para tanto, foi recriada - e trazida do musical Kismet - a personagem Marsinah, filha do Poeta das Arábias. A narrativa de Marsinah (dividida em seis segmentos) também foi criada para criar um clima de encanto e magia no meio do deserto árabe.

É neste conto que Marsinah esbanja sensualidade no terceiro dos seis segmentos, em que ela faz a dança do ventre.

As duas das cinco partes da música de Sarah Brightman, "Arabian Nights" ("Promise" de Frank Peterson e Violet e "Alone" de Peter Murray, Rachel Shaw, Frank Peterson e Sarah Brightman), foram traduzidas por mim para retratar como Marsinah aprende a conhecer o amado dela e apaixonar-se por ele em pleno oásis do deserto arábico num clima tanto romântico quanto sensual e cheio de mistério. 


domingo, 15 de setembro de 2013

Os Irmãos Dó-Ré-Mi

Lizzie, Fred, Lois, Connor, Bridget, Martha e Marjorie Hammond formam os irmãos Dó-Ré-Mi, um grupo de teen pop que têm a faixa etária de 18 a 30 anos (eles nasceram de 1983 a 1995). O pai deles, Austin, é um produtor musical, pai coruja que cuida dos filhos de maneira positiva e carinhosa. A mãe deles, Hedda, morreu vítima do câncer da mama em 2007. (Austin enviuvou.) Para sustentar seus sete filhos, Austin, ao ouvir seus filhos cantarem muitas melodias, resolveu recriar uma refazenda (revival) da primeira metade dos anos 70, mesclado com coisas dos dias atuais: carro pintado no estilo Mondrian/psicodélico (e a van também), roupas de cada cor forte ou psicodélica que combine com a blusa branca com hola rulê (colete e calça pantalona boca-de-sino dão uma combinação perfeita) e os sapatos plataforma etc. e aí estão os filhos do Sr. Hammond prontos para um concerto em San Francisco!
Os Irmãos Dó-Ré-Mi (como eles são chamados) conhecem um pouco dos quarteirões mais descolados de San Francisco quando de repente uma de suas fãs, Tiffany, pediu autógrafo a Lizzie. Ela aceitou, contanto que Tiffany e Lizzie fossem amigas quando fora dos palcos. Ela concordou. 
No palco, os Irmãos Dó-Ré-Mi se apresentaram para a plateia com uma música que Lizzie compôs, "Repleto de Alegria" (Full of Joy), dedicada a Tiffany, sua melhor amiga, que os está vendo pela primeira fila. 
No fim da apresentação, Lizzie e seus irmãos (junto com Austin, que ficou muito feliz também) ganharam de Tiffany um presente mais precioso: um amor que eles têm pela sua fã e melhor amiga. 
A amizade é como uma melodiosa canção de amor: quando se é executada e com palavras cheias de amor, alegria e otimismo, não termina nunca: é eterna. 



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Trívia:

Em novembro de 1995, eu decidi escrever um novo conto que falasse de amizade, carinho e relacionamentos, embalados por música e estilo. Depois de assistir o filme The Sound of Music (1965) e o seriado A Família Dó-Ré-Mi (The Partridge Family, ABC TV, 1970-1974, 96 episódios), surgiu a ideia de criar a família Hammond num novo conto familiar: "Os Irmãos Dó-Ré-Mi".

Para esse conto, criei os anos 70 como temático só pra esta história, selecionei sete cores para cada sete pessoas (rosa-salmão, vermelho, pink, violeta, azul-royal, amarelo-ouro e verde-azulado) de acordo com as sete notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si). O cenário de San Francisco também foi criado para várias cenas. Eu já tinha criado uma história em pleno conceito enquanto eu pesquisava sobre a Família Dó-Ré-Mi e suas músicas teen pop dos anos 70. O conceito e o rascunho foram lançados e feitos no dia 29 de novembro de 1995.

O conceito dos Irmãos Dó-Ré-Mi é combinado a ideias do vencedor de 5 Academy Awards, The Sound of Music, de 1965, e os sitcoms da primeira metade dos anos 70, The Partridge Family e The Brady Bunch

Foi preciso quase 18 anos para que o conto fosse publicado. Ainda assim, pela primeira vez depois desse tempo, este conto agora é parte da minha coletânea Contos e Temas-Livres da minha autoria e também presente no meu blog, cujos temas são amizade, relacionamentos familiares e muito revival.

Este conto introduz Tiffany, fã dos Irmãos Dó-Ré-Mi e melhor amiga de Lizzie Hammond. 


sábado, 7 de setembro de 2013

A Floresta de Esmeraldas: O Despertar

Em 1985, Tommy Markham (Tome), o filho de um engenheiro estadunidense (Bill Markham) raptado por indígenas (o povo invisível) havia dez anos (e perdido numa floresta amazônica), perdeu seu pai, vítima da destruição da hidrelétrica, onde estavam (e ainda estão) o local distante, onde exatamente estão as esmeraldas.
Trinta anos depois, em 2015, os índios nos deram a esmeralda, a pedra preciosa sagrada que, quando usado para nos tornarem invisíveis aos inimigos que querem nos atacar, lhe serve de "arma sagrada e invisível" para nossa defesa. 
A história começa na Amazônia, localizada na Região Norte do Brasil, onde está a idílica Floresta de Esmeraldas, onde vive o povo indígena, autodenominado "povo invisível" graças ao pó de esmeraldas, usadas no ritual xamânico indígena. Murilo Carvalho, um amante da natureza, viajou de São Paulo até Manaus para um passeio em plena selva amazônica. Ao chegar lá, descobre uma floresta aparentemente idílica, com lagoa e cachoeira cristalina de tirar o fôlego. E numa lagoa cristalina, Murilo viu uma mulher nadando nua, sem roupa nenhuma, esbanjando sensualidade enquanto ela nadava debaixo d'água. Era Itanayá, filha de Tome e de uma bela mulher indígena (Itanayá era de parentesco caucasiano e indígena), disposta a ajudar Murilo (que se encantou com uma garota) nesse lance. Itanayá acabava de sair da lagoa cristalina e vestia seus trajes quando Murilo a conheceu. Murilo perguntou como ela se chamava e ela respondeu:
"- Meu nome é Itanayá, filha de Tome e de Nara. Meu pai é branco e minha mãe é indígena. Eu sou filha do sol e das águas refletidas pela luz que cintilam com um brilho. Você está à procura da esmeralda?"
"- Estou - disse Murilo.
Não foi preciso muito tempo para que Murilo fosse conduzido por Itanayá na aldeia do povo invisível como visitante. Lá, os índios receberam o visitante Murilo com boas-vindas e o orientaram com o oráculo xamã indígena, dizendo as seguintes palavras ditas por um pajé da região:
"- Murilo, hoje você vai conseguir o que você quer: vai encontrar a preciosa esmeralda no lugar em que você vai achar. É lá onde colhemos os estilhaços de esmeralda para produzir o pó para nos manter invisíveis - conforme seguimos as instruções do nosso ritual xamãnico - para que o povo feroz não nos veja. Quando você encontrar a esmeralda, você fará dela seu tesouro e seu amuleto e, se esses bandidos agirem com você, use sempre a esmeralda. Ela será um talismã pra você."
Murilo, ajudado por Itanayá, vai às minas de esmeralda (exatamente aonde tinha a usina hidrelétrica que já foi destruída há três décadas). Enquanto Itanayá se cobria de pó de esmeralda para se tornar "invisível" e acabar com os ferozes (Itanayá também tinha dons de usar o pó de esmeralda para rituais xamânicos indígenas e era encantadora da flor vitória-régia), Murilo cumpriu o que o pajé tinha previsto: encontrou a esmeralda mais preciosa da Amazônia! Então Murilo saiu da mina, fugiu com Itanayá para um lugar bem seguro e foi com ela até a aldeia, mas o mesmo não aconteceu com os índios do povo feroz: ao menos 35 índios cruéis foram esmagados pela avalanche de rocha pesada.
Na aldeia, Murilo agradeceu ao pajé e ao pai de Itanayá, Tome, por ter encontrado a esmeralda. O pajé abençoou Murilo com as seguintes palavras:
"- Que o seu único Deus abençoe você e que com as bênçãos da natureza você seja mais corajoso. Vá. E seja feliz."
E assim Murilo deixou a floresta - e Itanayá, sua companheira de aventuras - e, muito satisfeito, voltou de Manaus para São Paulo são e salvo com sua esmeralda que também lhe serviu de amuleto para muitas bênçãos divinas e fez da esmeralda um tesouro, algo milagroso que veio da Amazônia. Enquanto Murilo olha para a esmeralda no fim da tarde em São Paulo, na Amazônia, em plena lagoa cristalina em noite de lua cheia, vimos Itanayá mergulhando nas águas da lagoa, nadando nua embaixo d'água, aproveitando o encanto e a magia das águas da lagoa junto à floresta esmeraldada. 



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Trívia:

 
A esmeralda é a mais nobre das pedras preciosas, altamente apreciada como gema e o preço por quilate a coloca entre as pedras mais valiosas do mundo e elas são úteis pois ajudam a identificar a gema e podem indicar sua procedência. A etimologia da palavra "esmeralda" pode provir do grego smaragdos e do hindu antigo, de significado "pedra verde". Em hebraico, também é chamada de nophekh pois de acordo com a Bíblia (no capítulo 28 versículo 10 do Livro do Êxodo) a esmeralda representa a Tribo de Rúben (a esmeralda, junto com as outras 11 pedras preciosas, representam as 12 tribos de Israel). Há muitas referências sobre a esmeralda na cultura popular, incluindo a menção da palavra "esmeralda" do Prisma Flash de Green Star (Luna Viridis Smaragdi) - como na série Supernova Flashman e também no filme britânico The Emerald Forest (1985), a qual baseia o conceito e este conto.


O conceito baseado no filme com o mesmo nome, "A Floresta de Esmeraldas", foi criado e escrito por mim no dia 20 de fevereiro de 1996 e originalmente falava de turistas que recebiam ajuda de ninfas da floresta (Murilo foi incluído nesse conceito). Mas o rascunho daquele conceito fui eu que engavetei em março de 1998, só tirando da gaveta no início de setembro deste ano. 

Dos personagens desse conceito, só Murilo e o cenário da floresta sobreviveram e Murilo passou por uma transformação: de bandido do conceito virou mocinho e heroi deste conto. Para este conto, uma nova personagem, a bela e sensual Itanayá, foi criada. E assim foi criado este conto (e também esta sequela), A Floresta de Esmeraldas: O Despertar, cujos temas são descoberta de uma joia rara, milagres amazônicos, natureza, ecologia e amizade, além de ambientalismo e ecologismo. 

Este conto estabelece que, assim como na prequela de 1985, os índios "invisíveis" da Amazônia utilizam um pó a base de esmeraldas para supostamente adquirirem o poder da invisibilidade, mesmo que as esmeraldas estejam em um local distante.

sábado, 17 de agosto de 2013

Nyah, a Sereia

Nyah (pronuncia-se "naya") é uma sereia que mora no fundo do oceano e que sonhava em conhecer sua cara-metade da superfície. Ela tinha a beleza de uma princesa encantadora e a mais doce voz de todo o território submarino da Atlântida, seu lugar natal. Já se apaixonou pelos humanos três vezes ao longo dos anos. 
A sereia Nyah queria se apaixonar por um humano certo e passava o tempo todo explorando tesouros.
Certa vez Nyah foi nadando até a superfície para ver um iate! A bordo, o pessoal estava comemorando o aniversário de um lindo rapaz chamado Bruno, mestrado em biologia marinha da Universidade Católica de Santos, e Nyah observava tudo aquilo maravilhada.
Logo um temporal de chuvas e trovoadas começaram a surgir. O balanço das ondas do mar viraram o iate e Bruno foi jogado ao mar. Nyah nadou depressa para salvá-lo e o empurrou em direção à praia.
Nyah, ao notar que Bruno estava respirando por um milagre, comemorou. Ela olhou fixamente para Bruno e se apaixonou naquele momento. Enquanto ela cantava, os olhos dele se abriram. Os dois começaram a se apaixonar quando de repente um amigo apareceu, Nyah pulou na água e se escondeu atrás de uma pedra. Viu quando Bruno foi embora dali. Só Nyah voltou pra casa quando os perdeu de vista.
Seu pai Aztlan, porém, descobriu tudo, e não demorou muito para que ele, furioso da vida, desse uma lição à sereia Nyah: ele resolveu detonar todos os tesouros dos humanos!
Com o coração partido, Nyah sentou e chorou. De súbito, porém, Nyah encontrou um colar de safira com pérolas e ela o pegou sem ninguém saber. O que ninguém tinha noção era que o colar pertencia a Lady Marsha, uma terrível sensitiva da superfície, cujo plano é fazer Nyah se apaixonar por Bruno (o bilhete que estava no colar dizia que se Nyah não beijar apaixonadamente o Bruno, ela poderá ser sequestrada por Marsha e será feita refém). Nyah ficou com medo, mas ao pensar em Bruno, acabou adquirindo o colar. Minutos depois, ela já estava nadando na superfície do mar como sereia e como humana caminhando pela praia. 
Bruno estava procurando por toda a parte pela mulher com uma linda voz que o resgatara. Quando viu aquela linda mulher, reparou na imagem: era uma garota dos cabelos longos e ruivos, tiara de conchas na testa e olhos da cor água-marinha e corpo sensual. Ela parecia familiar, mas quando ele se aproximou, nem deu pra acreditar no que vira: era a mesma Nyah! 
Então, Bruno a levou para um luxuoso apartamento de frente para o mar, na Ponta da Praia em Santos, São Paulo. E, no dia seguinte, foram passear pela praia, pelo Ferry Boat e pelo Porto de Santos. Se divertiram muito juntos, e Nyah tinha certeza que ela e Bruno estavam apaixonados um pelo outro. 
Mais tarde, enquanto passeavam pelo Deck Pescador, Bruno e Nyah se beijavam e tentaram se abraçar, mas, naquele momento, Marsha soprou um vento forte, então eles caíram na água. Depois, Marsha, de roupas chiques, foi até o mesmo lugar, onde os dois estavam.
Assim que Bruno viu essa moça, ele tentou se aproximar dela, mas Nyah interveio e impediu Marsha de pegar Bruno pelo braço. Naquele caos, o colar que Nyah usara se quebrou e voltou para sua verdadeira dona e a própria Marsha recuperou seu colar quebrado. Finalmente Nyah se livrou do feitiço do colar! E Bruno e Nyah se abraçaram. Quando ela ia beijá-lo, o sol se pôs no horizonte oeste.
Sem mais tempo, Nyah foi sequestrada por Marsha quando de repente Aztlan apareceu diante delas. 
Foi quando Bruno viu uma batalha em alto mar. Aztlan pediu a Bruno para que jogasse uma concha de madrepérola e uma bomba contra Marsha, e foi no que fez: para salvar Nyah, ao usar toda a sua força, mirou a "madrepérola explosiva" direto para Marsha, que morreu logo em seguida em um acidente náutico, um acidente de lancha que se explode em alto mar.
Aztlan viu o olhar apaixonado de Nyah para Bruno, que estava deitado na praia. Aztlan lamenta: "Nyah o ama mesmo. O problema é que eu vou sentir muito a falta dela." Então Aztlan concedeu a Nyah o seu grande desejo: estar com Bruno para sempre no fundo do mar. Eufóricos, Bruno e Nyah correram para os braços um do outro e em seguida foram nadar em pleno mar, apaixonados um pelo outro. Aztlan, muito feliz, abençoou Nyah e Bruno, pois sabia que os dois seriam dois amantes submarinos e apaixonados em pleno fundo do oceano.
 
 

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Trívia:

Nyah, a princesa dos Sete Mares, apareceu pela primeira vez no episódio de Fantasy Island (ABC, 1977-1984, 157 episódios), "A Sereia/A Vítima" (1979).  Nyah (interpretada por Michelle Phillips) voltaria mais tarde nos dois episódios do mesmo, "Os Ases Voadores/A Volta da Sereia" (1980) e "A Sereia e o Casamenteiro" (1984). O sucesso da sereia foi tanto que eu mesma resolvi criar uma "spinoff" só dela - e um conto recém-escrito por mim (e baseado no conceito de Aaron Sperling e cia.), combinado a ideias de ganhar inspiração com base em A Pequena Sereia de Hans Christian Andersen, Rusalka de Antonin Dvorak, o filme russo A Sereia (Rusalka, 2007), a série australiana H2O: Just Add Water e os três episódios de Fantasy Island com Nyah. Neste conto, Nyah é uma sereia que se apaixona por Bruno, um habitante de Santos, em meio aos obstáculos que podem ser superados com facilidade.

Este conto também contém premissas dos mesmos três citados acima. O enredo do livro A Pequena Sereia talvez fosse a inspiração para a cena de amor entre a sereia Nyah e o humano Bruno, que se apaixonam logo em seguida.

O tritão Aztlan, pai de Nyah, o santista Bruno e a terrível vidente Marsha foram criados para contracenar com a sereia Nyah. E o cenário, desde o fundo do mar até a superfície (sobretudo em Santos, São Paulo), é ambientado nos dias de hoje.

A imagem do palácio de Nyah visto no fundo do mar é, na verdade, um cenário submarino de um dos lugares submersos da Atlântida, situada no Oceano Atlântico Norte, entre as ilhas Bermudas e o Caribe. O resto do que sobrou da Atlântida se submergiu há mais de 12.000 anos (conforme dizem por aí).

Esse é o terceiro conto submarino (ou ambientado no mar) depois de A Garota e o Golfinho e A Garota do Fundo do Mar, ambos da minha autoria também. 



domingo, 28 de julho de 2013

A Garota do Fundo do Mar


Ainda há muito o que aprender com você. (Mark Harris)

Eram 6 da manhã do dia 4 de março de 2013 - um dia ensolarado, 18 graus, o sol nasce no horizonte leste - quando o oceanauta japonês (que trabalha para a Foundation for Oceanic Research nos EUA - com a Dra. Elizabeth Merrill, hoje a CEO daquele lugar -  e na Austrália) residente no litoral australiano, Kohtarō Onoda, de 35 anos, de scuba e pronto pra mergulhar no mar, foi nadar e mergulhar no mar azul do Oceano Pacífico para observar as maravilhas submarinas quando de repente ele viu aquela garota nadando seminua e falando com um golfinho! Ela não é uma garota comum como outra qualquer: pelo contrário, ela é uma bela garota de ancestria atlante, habilidades aquáticas, nado golfinho (similar ao de Mark Harris, seu conterrâneo) - ela nada feito golfinho sem dar braçada nenhuma - e que respira tanto água como ar. (E, claro, a filha de dois mundos: a Atlântida e a superfície!) O nome dela é Neri Thalassos, sobrinha em segundo grau de Namor McKenzie, e tem 30 anos (ela nasceu em 1983)! Não demorou muito e logo os dois se conheceram naquele momento. 
Neri tem seu golfinho, chamado Flipper, seu amigo e mascote. Ela gosta muito de nadar nas águas do fundo do mar do Pacífico, seja trajando uma bata rústica, seja de biquíni rústico ou seminua. E as habilidades submarinas de Neri não só chamam a atenção de todos (e também de Kohtarō), mas também a fazem uma mulher que admira muito o mar, seu lugar de origem. (Mark Harris também tem suas habilidades marinhas, já que a Atlântida é seu lugar de origem, a mesma onde nasceu tanto Neri quanto Kida, filha de Mark!) 
Naquele momento (uma hora depois), Neri e Kohtaro se tornam amigos desde então. Neri tinha o colar de sua mãe que tinha ganho de sua mãe Mera (falecida em 2009) mas que perdeu-se no mar havia três anos. Então ela pediu a Kohtarō que ele e Neri fossem juntos no fundo do mar para resgatar o colar precioso - e com a ajuda do golfinho - e lá foram eles nadando no fundo do mar para encontrar um colar de água-marinha, pérola e diamantes que seria um tesouro precioso. E eles finalmente o encontraram! 
Ao chegar a superfície em plena praia australiana sob o sol de Exmouth (Praia de Turquoise Bay), Neri recuperou seu colar que sua mãe lhe deu. Kohtaro então deu de presente para Neri um anel de turquesa, pérola e diamantes para que ela se lembrasse da eterna amizade entre ambos. Enquanto Neri volta nadando para o fundo do mar feliz da vida (sabendo que voltaria a visitá-lo mais vezes), Kohtarō, satisfeito, aprende que a verdadeira amizade entre ele e Neri também veio do mar.


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Trívia:


O mais recente conto (e o primeiro fã-conto derivado baseado em Man from Atlantis) é o primeiro a ser ambientado no litoral da Austrália. Ele se passa 36 anos após a série Man from Atlantis (O Homem do Fundo do Mar) e, obviamente, tem novos personagens, a Foundation for Oceanic Research australiana e um lindo lugar subaquático a milhares de quilômetros distante da Atlântida - um lugar onde Neri mora.

A Garota do Fundo do Mar é também um dos contos combinado a ideias do primeiro rascunho escrito por mim em 10 de maio de 1995 e as séries Man from Atlantis (EUA) e Ocean Girl (Austrália).

Para tanto, foram criados dois personagens: Neri Thalassos, uma garota de ancestria atlante com habilidades submarinas (as mesmas de Mark Harris) e é inspirada em Neri, uma garota subaquática com as mesmas habilidades citadas acima, e Kohtarō Onoda, um oceanauta asiático que mora na Austrália e que desde então se torna o melhor amigo de Neri. 

A temática do conto é a amizade que vem do mar - entre alguém do mar e alguém da superfície.