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sábado, 15 de março de 2014

Soneto 18 (William Shakespeare)

Será que eu te comparo a um dia de verão?
Mais lindo és tu, mais constante é a tua perfeição.
Ventos ásperos desfolham os botões de rosa-de-maio
E o verão é de curtíssima duração.

Às vezes o sol esquenta bastante,
Outras por trás das nuvens passa a clareza;
E em certo momento o que é lindo perderá sua beleza,
Pela tristeza ou pelas leis da Natureza.

Mas tua aparência jovem não chegará ao fim,
Nem mesmo a posse da tua beleza,
Nem a morte reinvidica por conta própria,

Porque no meu eterno verso tu viverás com certeza.
Enquanto houver um monte de gente neste lugar,
Este poema será o mesmo e imortal lhe fará.


(Tradução de Tatianna Raquel) 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Filha das Estrelas

Eu sou a filha das estrelas:
17 anos-luz distante daqui.
Nem a escuridão me pode parar,
Porque a luz Divina me ilumina.
Assim como a luz Divina que te guia,
Eu sou a luz que ilumina seus caminhos.
Eu sou seu anjo em seu interior
E ao mesmo tempo uma menina.

Eu sou a filha das estrelas
E é melhor que eu olhe pro céu
Em plena noite de verão sob a lua
As brilhantes constelações perante o véu. 
Eu sou a onda calma do mar cósmico
Que molha seus pés ao andar na areia.
Eu sou sua asa de um anjo
E sou seu canto da sereia.

Eu sou a filha das estrelas
E você deve ser o filho do sol
Contanto que seu tom áureo não se vá,
Eu não permitirei que estejas só.
Nem as sombras reinvidicam por conta própria,
Porque no meu coração sempre ficará.
Enquanto houver luz no universo,
No céu estrelado para ti hei de brilhar.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Se eu pudesse voltar a ser criança...


Se eu pudesse voltar a ser criança,
eu trataria de brincar de casinha.
Iria brincar de papai e mamãe, de Alessandra e Alexandre,
leria mais gibis e menos revistas,
assistiria o "Balão Mágico" na TV todo dia pela manhã antes de ir pra escola.
Contemplaria lindas paisagens no orquidário e brincaria no playground da praia.
Eu cresci nos anos 80 curtindo momentos de alegria no cotidiano e aproveitando cada momento da minha infância.



Se eu pudesse voltar a ser criança,
eu trataria de viver sempre um momento de contos de fadas.



Eu voltaria a assistir "O Homem do Fundo do Mar" (Man from Atlantis) todo domingo a tarde na Record e curtiria bons momentos com Mark Harris todos os fins de semana.


Eu voltaria a ler livros de contos de fadas - como a de Rapunzel - , escutaria histórias fabulosas com final feliz antes de dormir.
Contemplaria um lugar encantado, cheio de magia, encanto e fantasia,
estaria em busca de um príncipe encantado,
aproveitaria momentos mágicos.
Eu vivi momentos de magia, encanto e fantasia lendo histórias infantis e só comecei a escrever meu primeiro conto aos 11 anos pelo fato de ter tanto aprendido a escutar histórias que minha tia ensinou.




Se eu pudesse voltar a ser criança,
começaria a usar pouca roupa e nadaria nua na piscina sem preocupação todo verão e continuaria assim até o início do outono.



Passearia pelas ruas, contemplaria paisagens inexploradas, brincaria de roda com as crianças e voltaria a assistir "Viajantes do Tempo" (Voyagers!) no SBT se eu fosse criança novamente.

Mas, cresci, sou uma mulher adulta e sei que estou na minha plenitude.
Só não posso esquecer os momentos da minha infância que eu já vivi. 





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Amigo extraterrestre": um poema sci-fi que também faz referência a Spock!



Tá na cara que Vitas faz o papel do "amigo extraterrestre" (e o resto dos fãs de Vitas - a maioria chineses - acham que Vitas é um amigo extraterrestre). Mas esse amigo extraterrestre não é Vitas que o interpreta: na verdade o "amigo extraterrestre" não somente é um poema meio que sci-fi (escrito por Rasul Gamzatóvitch Gamzatov), mas também se refere ao vulcano Sr. Spock (vivido na série de TV Jornada nas Estrelas e nos sete longas da mesma franquia Star Trek por Leonard Nimoy e no filme Star Trek de 2009 por Zachary Quinto). E Spock É o verdadeiro amigo extraterrestre, só que do planeta Vulcano. Por isso traduzimos ao pé da letra (do russo pro inglês pro português) e fazemos uma intercalação de screenshots tiradas dos filmes da franquia Star Trek (cortesia da Trekcore) - com divisão de 5 partes - e recriamos o poema ilustrativo sobre o Sr. Spock pra trekker nenhum (e pra ninguém) botar defeito. E postamos também um vídeo da canção Amigo Extraterrestre só com imagens do vulcano Sr. Spock - do primeiro ao mais recente.
Em tempo: Vida longa e próspera!






AMIGO EXTRATERRESTRE (CANÇÃO DO AMIGO DESCONHECIDO)
(Песня о неизвестном друге, 1987)
Música: Aleksandra Nikolaiévna Pakhmutova (1929-)
Poema em avar: Rasul Gamzatóvitch Gamzatov (1923-2003)
Tradução em russo: Yunna Petróvna Moritz (1937-)

(Aqui Vitas imagina (através do poema de Rasul Gamzatov, traduzido por Yunna Moritz) o amor de mais além de outros planetas, incluindo o planeta Vulcano, onde Spock nasceu.)



I.: AMIGO DE TODOS NÓS

Помимо тех друзей, что есть вокруг,
На свете существует тайный круг
Моих друзей незримых, неизвестных…
Я тоже чей-то неизвестный друг.

In addition to those friends that are around,
There is a secret circle
Of invisible and unknown friends.
I am also someone's unknown friend.

Além desses amigos que estão por aí, 
Há um círculo secreto 
De amigos invisíveis e desconhecidos. 
Eu também sou amigo desconhecido de alguém. 



II.: INIMIGO DOS INVEJOSOS

Помимо тех врагов, что есть и так,
На свете существует сто ватаг
Моих врагов незримых, неизвестных…
Я тоже чей-то неизвестный враг.

In addition to those enemies that are like this, 
There are a hundred gangs
Of invisible and unknown enemies.
I am also someone's unknown enemy.

Além desses inimigos que são assim,
Há centenas de gangues
De inimigos invisíveis e desconhecidos.
Eu também sou inimigo desconhecido de alguém. 



III.: UM PLANETA IMAGINÁVEL

Помимо тех планет, где жизни нет,
Летит, быть может, миллионы лет
К нам дальний свет незримых, неизвестных,
Но любящих и мыслящих планет.

In addition to those planets where there's no life,
We’ll may fly millions of light years away
To those invisible and unknown
But loving and thinking planets.

Além destes planetas onde não haja vida,
Quiçá possamos voar milhões de anos-luz de distância
À esses planetas invisíveis e desconhecidos
Mas adoráveis e imagináveis. 


IV.: ACORDO DE PAZ ENTRE ESTRANGEIROS

Быть может, там не льётся в битвах кровь,
А премия даётся за любовь,
За круг друзей незримых, неизвестных,
За братство существующих миров.

Instead of pouring their blood in battles
Awards may be won for love,
For a circle of invisible unknown friends
And for a brotherhood of the existing worlds.

Ao invés de derramar seu sangue em batalhas 
Talvez prêmios possam ser ganhos pelo amor, 
Pelo círculo de amigos invisíveis e desconhecidos 
E pela irmandade dos mundos existentes. 




V.: AMIGO VULCANO (E ESTRANGEIRO) NATO

Помимо тех друзей, что есть вокруг,
Быть может, есть инопланетный круг
Моих друзей незримых, неизвестных…
Я тоже их инопланетный друг.

In addition to those friends that are around,
There may exist an extraterrestrial circle
Of invisible and unknown friends.
I am also their extraterrestrial friend.

Além desses amigos que estão por aí, 
Talvez possa existir um círculo extraterrestre 
De amigos invisíveis e desconhecidos. 
Eu também sou o amigo extraterrestre deles.










sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Frase da semana: "Uma vida de amor" (Leonard Nimoy)


Em meu coração
Está a semente de uma árvore
Que será eu

Alimentado pela compreensão
Aquecido por amigos

Amadurecido pela sabedoria
Temperado por lágrimas ...

Passam-se as estações,
A semente brota.
Os ramos jovens começam a se formar,
A alcançar novas experiências,
Novos contatos,
Para testar a sua força
No vento.
Para examinar seu tamanho e forma
Como uma criança descobre
Suas próprias mãos e pés.


                A velocidade é a glória.
                A velocidade é fama e fortuna.
                A velocidade é uma medalha de ouro.
                Velocidade é a honra.
                Velocidade é o sucesso.

               A velocidade é um ladrão.

Alguns vão se apressar na preparação.
Alguns vão lutar até o portão.
Alguns escalam pra ficar no lugar mais alto.
E ainda assim,

                  vamos todos nascer,

Tudo se moverá
no tempo
E no espaço.

               A vida vem e vai.

               Risos do passado
               Anéis através de corredores vazios.

               O tempero é doce-amargo.

À minha procura,
Vagueio
Através de uma casa de espelhos.

Eu vejo uma miríade de imagens,
Mas nenhuma delas é a minha.

Somente reflexos distorcidos
De um estranho.

Alguém que eu conheci
Mas realmente não sei.

Eu grito o meu nome,
Mas o eco oco que responde
Me diz que eu preciso esperar.

Ainda não é hora.

Eu não estou sozinho.
Há momentos em que eu acho que eu sou,
Sinto o que sou
Sozinho e perdido.
Mas, como as curvas do rio,
E o viajante à deriva
Vê o desenrolar de novas perspectivas,
Novos horizontes,
Novos marcos,
Acho uma nova comunhão
Com a curva de tempo,
Um novo sentido de
Conexão universal.


E aí ...
Certo dia, na primavera de minha vida
Surgem os botões e as flores 

Eu estou vivo

                     Estou aqui

Eu juntei a terra
Como uma associação da maré ...
Preenchida por névoa
E as ondas grandes.
Doando a mim mesmo
Ao ar e da terra,
Vivendo em paz
Com o sol e a lua.
Primo do nevoeiro e da chuva.


                   A melodia é simples

                   e as palavras são doces.

Leonard Nimoy (tradução de Tatianna Raquel)